SER OU NÃO SER POETA... HEIS A QUENTÃO!
Ser poeta não é apropriar-se de uma folha virgem em branco de papel e mancha-la com prolixidades fúteis.
Não é desvirginar a pureza da veia poética
e jorrar efemérides sobre a planície do saber.
Ser poeta não é ecoar aos quatro ventos o barbarismos do cotidiano,
o não narrar o desfecho, mas aferrolhar as iniquidades do fútil.
Não é achincalhar a emoção dentro do contexto do libido,
mas é ser, estar, em concomitância com as emoções e com o prazer. É privilegiar-se em ter anjos em colóquios nas profundezas d'alma e extrair do fundo do intelecto a pureza e a suavidade da poesia nas emoções.
Ser poeta é planar nas asas da imaginação e sonhar acordado mesmo que estejamos dormindo.
Deixar fluir os resquícios de seu ego e esquiar nas nuvens do saber.
Contactar com os anjos com as suas arpas celestiais e escorregar como gotas no orvalhar das manhãs.
Cavalgar junto aos pirilampos iluminando os nossos seguimentos poéticos.É conversar com DEUS todos os dias adicionando-nos a sua verve.