Princípio da luz

De luto pelos dias sombrios

Embriagando-me de melancolia

Por mais compaixão as palavras frias

Que aquecem o coração do poeta

De luto pelo silêncio que grita

O nome tatuado na alma

O desespero do peso que ampara

Aquele que sofre de amor

Mais temor ao princípio da luz

Quando as trevas atacam os olhos

Os lábios infectados de dor

São os mesmos que beijam com amor

Que miserável o sentido do pouco

Sentir pouco, amar pouco, ser pouco

Se não formos o sentido de tudo

Um brinde a frágil existência

De luto a imortalidade do amor

Quando o caos é engolido pelo medo

A alma chora em segredo

Ninguém consegue traduzir