Sentimentos áridos
De momentos me resumo
Em Infinitos textos
Embaralhados na mente
Me auto consumo
E escrevo de repente.
O amor vivo
Que me salga os olhos
Transborda oceanos cálidos
Escorrem nos rostos dos maldosos
Sentimentos áridos
Vida cabulosa
Já não é a mesma coisa
Sexta feira não me diz nada
Além de rizos alheios na madrugada
Que escuto pela fresta da porta.
Deixei de sentir alegria
Inocência foi perdida demais
Me lavo em água fria
A cara que não reconheço mais
Tatuada de melâncolia.
A solidão me conhece e me trata por vulgo
Intima como a barata no banheiro
Vira e mexe aparece e faz barulho
Me vê de longe pra me enxergar inteiro
E de mansinho me transforma em vulto.