NOS CADERNOS DO DESTINO - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
NOS CADERNOS DO DESTINO
Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros
A cada dia, alguém me deixa...
ou me completa,
todo poeta necessita de carinho,
por isso tenho a alma sempre irrequieta...
...quem é poeta é menino ou passarinho.
Canto sozinho quando estou abandonado,
meu outro lado é cada mundo que eu eu recrio,
se há um vazio, há sempre um sonho encantado...
se há um mar, tenho um desejo... e um navio.
Todos os dias dias, os meus sonhos se enfraquecem,
aranhas tecem solidões... os meus amigos
são só saudades solitárias que enternecem...
suas lembranças mais sutis moram comigo.
Procuro abrigo em mim mesmo, eu me contento
até com o vento numa pétala de flor...
o meu amor supera cada sentimento
pois me alimento do que é bom da minha dor.
Falar de amor... que redundância mais sublime...
o que me oprime é não ser compreendido...
o colorido de uma tela não suprime
a tinta negra de um sonho... dolorido.
Tenho partido para dentro dos enleios,
meus devaneios são torpores tão sutis,
que nunca chegam a ser trôpegos anseios
e assim eu choro o meu sorriso mais feliz.
Todos os dias, novos sonhos me resgatam,
angústias matam as melhores fantasias,
por ironia, os abandonos que maltratam,
sempre desatam os nós das melancolias.
Todos os dias, meu olhar faz companhia
à fantasia que me torna tão menino,
que até a minha solidão, por ironia,
faz poesia nos cadernos do destino.
Luiz Gilberto de Barros - às 11h e 7 min do dia 11 de outubro de 2018 do Rio de Janeiro Brasil Marechal Hermes. Publicado e Registrado no Recanto das Letras. Visite -nos.
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