Ódio nos olhos
Acordei com o som da cidade barulhenta e cinza. Chovia. Acordei com berros e gritos, sem poesia. Amanheci de muitas maneiras ao longo dos poucos anos que tenho no corpo. Caos da cidade, silêncio, som dos pássaros, alarme, alarde, fúria e piano. Acordei com o som ao redor que era silêncio ensurdecedor. Acordei com cheiro de pele quente, com os olhos que me observavam e me odiavam.