"Alexandria" (nós temos que entrar para escapar)
"Manequins de vidro, partidos sobre a perfumaria...
E o gélido provocador, gargalhando suas antigas carências...
Sobre algum ódio puro...tentando se achar na paz desse terremoto improvável
E olhando todos os rostos vazios que vejo...
Com seus modos automáticos de suavidade. ..
Escondendo desejos irracionais...
E inverdades...
Inverdades sinceras...
Pq é o que se tem servido na mesa espiral da sala oca de jantar...
E o que restou da cidade, é o prato fundo que me purifica...
A cidade, farol de olhos tão egípcios...
E antes da meia noite, a abóbora apaga sua irrelevância interesseira...
Ser o objeto antes do fato... a compra antes da carne...
E o grito desalmado do homem perturbado, ecoa como onda...
Na escadaria perfumada daquele velho edifício...
Pensamentos livres planam. ..
E a velha névoa da paixão reacende o vulcão indeciso...
E a boca, feito kriptonita, anestesia a meia face forjada em Ouro...
A verdade, é que nós temos que entrar para escapar...
Antes que seja tarde... e a dor que sentimos, seja um oceano de bolhas de sabão...
Que nunca para de soprar..."