VÓRTEX

Como um desejo da vida que anseia tanto, até doer de querer

E o anestésico a quem chamam de "amor"

Peregrino pelo mundo cinza, de construções apáticas e sem graça

Pernicioso, pejorativo, indigno

Há um arastar-se entre os trilhos

Onde o vento açoita as costas sem compaixão

Na direção contrária à dos pontos cardeais

O vórtice arrasta pra convergência

Porque o desejo?

Porque o querer?

Se o amor a tudo satisfaz?

E ainda apaga a transgressão...

Naquele andar rumo ao infinito

Deixo pra trás a poeira que fui

Emerjo das trevas, do piche impregnado

E só quero lembrar que fui amado

Mais do que a intensidade com que amei apaixonado

A ti, almejo dos meus braços...

09/09/2022

09:10

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 09/09/2022
Código do texto: T7601700
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