Páginas na gaveta
Páginas rasgadas do livro da vida
Escondidas na gaveta da minha escrivaninha
Amareladas sussurram palavras escritas
Pelas tuas mãos, que ansiavam pelas minhas
O que diziam os teus pensamentos?
Desde aquela época, nada mudou
Recebo sinais dos quatro ventos
Até você meu sentimento voou
Pousou nas suas mãos, que guardavam nosso ser
Aquilo que ninguém nunca poderia ter
Sobre mim e você, sobre todo o poder
De escolher ao lado de quem quer viver
Páginas se rasgam, ansiando pela vida
Minhas gavetas não bastam para minha iminente partida
Em breve a gaveta estará tão vazia
Quanto a realidade que brinca de ser fantasia
Foi-se embora o dono da escrita delicada
Que me trouxe lágrimas, mas, também, intensas risadas
Foi-se o tempo de escrever em folha nova
E já é tarde para desejar a sua volta