Serenamente amar
Escolhi serenamente amar
No dorso dos cavalos alados,
Nas Plagas dos costões rochosos.
Nos devaneios de um coração fastiado.
A palavra certa vai chegar.
Incólume, atinge o encantador sentido.
Os olhares poderão se reencontrar
Nas entrelinhas dos colares compartidos.
Sei que busco mais e posso olhar
Nos alvéolos das suculentas adormecidas.
As aves não são como de rapina.
Estas, mensageiras sonham arte.
Nas pairagens das campinas,
atrevidas.
Perceba, tem ritmo.
O coração do mar incauto.
Os argonautas estão em festejo
por um ardor aurífero de fato.
Nos sonhos pacíficos
Dormem as serpentes.
Mas o amor divino.
Protesta seu riso no
Espraiar da metáfora silente.
Para os apaixonados,
o pão matutino.
Para os maduros,
a voragem do toque.
Os poetas quase não morrem.
Porque de fato amam
e rejuvenescem a morte.
Vinicius Santana
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O amor é eterno.
Amor gera virtudes, nasce mas não morre.
Atua sem descanso ao nos fazer sensíveis.
Não tem nas estruturas átomos perecíveis,
Num sentir perfeito, que em tudo se move.
Dá-nos um paraíso, onde quem ama entra,
Para que tenhamos saúde. Molda o espírito.
Com ar de juventude que nos foi empírico.
E quando é chamado, em luz, se apresenta.
Toma o inconsciente, nos sonhos e gestos.
Transborda nos olhos de quem o confessa.
E nasce nos corações que fazem promessa.
Pra viver essências, que é Deus manifesto.
O amor sendo eterno nem no tempo cessa.
Mas para quem o ignora, sua Luz é reversa.
Contribuição
do honroso colega Jacó Filho