Remo

I

O remo que impele o barquinho da vida,

Na fúria incontida de um mar encrespado

Impede o naufrágio de um ser navegante;

É muito importante o rumo bem traçado.

II

Evita os recifes do mundo covarde;

Não acorda tarde... É madrugador.

Veleja em bonança, só de vento em popa;

E as velas de estopa estufadas de amor.

III

E se a tempestade com raio e trovão,

Rebenta o timão e lhe desgasta o enredo,

Entende que algures, no céu estrelado,

Deus tem lhe guiado, não deve ter medo.

IV

Se no mar além tem fera de mata,

E um barco pirata vem no vento norte,

O remo que impele o barquinho da vida,

Vai dar-lhe guarida, num golpe de sorte!

V

Vê porto seguro como bom destino.

- Navega menino, aproveitando a brisa!

Alguém lá em terra deseja a chegada;

E a nau tão cansada, descansar precisa.

(07.6.2011)

Jarrê
Enviado por Jarrê em 05/09/2022
Código do texto: T7598942
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