Remo
I
O remo que impele o barquinho da vida,
Na fúria incontida de um mar encrespado
Impede o naufrágio de um ser navegante;
É muito importante o rumo bem traçado.
II
Evita os recifes do mundo covarde;
Não acorda tarde... É madrugador.
Veleja em bonança, só de vento em popa;
E as velas de estopa estufadas de amor.
III
E se a tempestade com raio e trovão,
Rebenta o timão e lhe desgasta o enredo,
Entende que algures, no céu estrelado,
Deus tem lhe guiado, não deve ter medo.
IV
Se no mar além tem fera de mata,
E um barco pirata vem no vento norte,
O remo que impele o barquinho da vida,
Vai dar-lhe guarida, num golpe de sorte!
V
Vê porto seguro como bom destino.
- Navega menino, aproveitando a brisa!
Alguém lá em terra deseja a chegada;
E a nau tão cansada, descansar precisa.
(07.6.2011)