Uma rosa aos ventos biruta

A amiga a quem amo

Ainda ontem despetalava

rosa dos ventos. De tanto

que biruta eu movia-me

em pensamento mudo fiquei,

estático a sibilar um tempo

Esfuziando silvos tonantes

longos e curtos e longos

De um som achado breve

assim sem pesquisa tonto

Que vem lá de não sei onde...

Na preferencial, no entanto,

sei, como a palma da minha mão

que descobri o mapa da mina do amor

Ainda sem saber o que seja

Mas sonho que vá ser o que sonhei

que a achei mundana a mais

num caminho de luz e bem querer

Até sem carta de navegação

Deslembrado que estava pois

De tão bem sentir, amei.

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