A ÚLTIMA PÉTALA
Até quando a última pétala cair,
Talvez, seja ela, quem eu não deva resistir,
Naquele constante consolo,
Cuja algo percebi. Eu já vi!
O tempo e o teu inesperado retorno.
Nisso, és o clarão das almas,
E o pecado com que marcaste minha carne,
São o respirar de certas palavras,
As quais não foram ditas a ti,
Quando nem aqui, tu estavas.
Que sejas mais imortal do que sintas,
As prerrogativas de uma noite mal dormida,
A qual sobre a natureza que te cobre,
Um escritor, sobre seu olhar, defina,
Que em sua lógica, poderás libertá-lo!
E assim, compreender o que sentes,
Quanto a mim? Já não tenho convicção,
Se eu não te vejo, só tenho que te lembrar,
Com base em uma evidência minha,
Das canduras que vieste a me impregnar.
Sonho em questionar-te neste efusivo mistério:
O que você vê em meus olhos?
E eu nem ficaria ausente,
Respondendo ver aquilo que,
O perfume das manhãs transcende.
E o improvável pode não ser tão hipotético assim,
Num passo que anseio que desses,
Curvando-se sobre meus ombros,
Onde o pulsar de ter-te como um todo,
Ao toque de um êxtase frenético.
Queria estar perto demais? Sim!
Com o subconsciente me atormentando,
Apenas para dispor do desassossego,
Das promessas que contigo trazes.
28/08/2022
Poema n.2.916/ n.61 de 2022.