Encantado

Quem és tu, este mágico olhar,

De uma sumária ilusão descrente?

Deixa a porta aberta pra eu entrar

E assim me aproximar, docemente.

Permita-me instantes de mudez.

Que tu brilhes de forma singela,

Pra que eu possa fitar sua tez,

Que a sombra do pôr-do-sol cinzela.

Dá-me parte dos teus pensamentos,

Se é que a mim alguns deles pertencem.

Que se enlaçam, suaves e lentos

E de forma invisível te vencem.

Deus sabe se eu te amei de verdade,

Menino-homem vindo de longe.

Se chegaste encantado tão tarde,

Co’ a pureza sagrada de um monge.

Magmah
Enviado por Magmah em 30/11/2007
Reeditado em 30/11/2007
Código do texto: T759128
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