Página 104, Parágrafo Sexto
Nesta destra do destino,
Há um ínfimo hino,
De um terno com uma tulipa,
Uma vida que me intriga.
Sóis que sois só meus,
Não ardem como os teus,
Sombreando um homem sem sombra,
Sem sombra de dúvidas.
Lembro das rachaduras no chão,
Aquelas que me engoliram em vão,
Em vão faço poesias,
Histórias histéricas.
Sobre tudo me lembro,
Até do sobretudo ao vento,
Não lhe visitei no túmulo,
No céu causei tumulto?
Diz que mudei,
Mui as vezes que morri e matei,
Sou autônomo destino,
Ou deste destino não sou dono?
No centro de um Sol frio me encontrei,
No mundo de Sol quente me firmei,
Em teu céu me reafirmei,
Em outro abraço me achei.
Fora de tua visão,
Vira o rosto ou esconde a feição?
Não me queres sofrendo,
Ou não me queres amando?
Seguiste em frente como fiz?
Passando mão em um pequeno friz,
Enraivece pelo nariz como fazia,
Abaixa os olhos como eu queria?
Observa pelos altos,
Investiga pelos autos,
Frio gélido ou fogo fátuo,
Me observas pelos lados?
No pouco que penso no céu,
A Terra Prateada possui véu,
Do luto de pessoa viva,
Do ciclo que sempre vivia.
Sigo em frente,
Tento não olhar para trás,
A falta que me faz,
É dor, nada mais.
Página 104, § sexto,
"Conte até três,
Deixe de olhar,
Pois vou e vai ficar,
Ache alguém para chamar
De Lar".
Dá página 104, § sexto,
Em três,
Houve êxito.