Clamo por poesia
Pare de pensar que
sou silêncio, se
pelas tuas veredas
já te ouço.
Quero ser como a
pressão do
vento, esbarrar
por onde andas,
levá-lo antes do
anoitecer.
Meu amor tornou-se
noite espaçosa.
Venha pela
manhã aclarar.
Desejo tropeçar nos
teus pés ainda em vida.
Lhe dar meu sono e
minhas asas.
Voe depressa até mim.
Encaneça a poesia.
Desperte-me em palavras.
Só por ela consigo ouvi-lo.
Vou te ler, escrever
ainda nesta vida.
Luciana Bianchini