SÚBITA EXIGÊNCIA

Olhando-te como uma amante,

Resgato o que quero ver,

E suplico por uma experiência que possas dar,

Em campos que ainda irão florescer.

Que o mesmo efeito que causas em mim,

Meu céu nublado possa te oferecer,

Mesmo não sabendo quando será,

A noite que fulguras a lua em você.

E nessas vontades entorpecentes,

Ver que és tão inocente,

Em sua maneira enigmática,

Transmutando o que eu sou,

Naquilo que nego tanto a ser.

Em face do exposto,

Anseio que penses enquanto dormes!

Do jeito que eu venho a recordar-te,

Com as minhas desvairanças.

Nisso, vem a súbita exigência,

De querer ver em seus olhos,

Aquilo que não quero enxergar.

E viver inteiramente emergido em teus beijos,

Enquanto, uma por uma, as palavras se calam.

Assim sendo-te,

Os versos de uma estrutura minha,

Num poema que te peço,

Que venha com o brilho seu,

Não esvaecendo-se neste nosso universo.

Ah, tu alma que está sórdida!

Do qual não posso imaginar-la.

Tens tecido teias ao teu redor,

E na vigilância, te esqueces.

É por que não pretendo deixar-te ir embora,

Prendendo-te até o fim do amanhecer.

Deslizando os meus dedos sobre seus lábios,

Entrelaçar-me dá fluidez à tua incomensurável aura.

Data: 21/08/2022.

Poema n.2.915/ n.60 de 2022.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 21/08/2022
Código do texto: T7587340
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.