Lira dos idealizados

“Nada de realismo convincente!

Romantismo utópico só você me traz;

Como a inspiração de Andrade,

A minha também é fugaz.

Então corro com as palavras ideais

Sem a perfeição formal dos parnasianos,

Porém com a cesura chego ao lirismo;

Desvairada aos poucos anos.

Sei que o amar é um verbo intransitivo,

Entretanto busco do meu inconsciente

O epicurismo expandido e arcádico

Para amar-te transitivamente.

Corra dos Naturalistas de aberrações,

Fuja dos fantasmas pré-existentes;

A vida é um movimento de exclusividade!

Fim dos Byronismos contrastantes.

Revolução você traz e refaz!

A primavera dos povos você conduziu;

Nem mesmo a musicalidade dos simbolistas

Impedia o seu leve toque de introduzir: Amor e Paz!”