NOVAS

Fala as novas

Do rosto que há de chegar depois do teu

Do pássaro que pousa e faz o ninho

Da pausa

Indecisão de quem ama

O sopro do silêncio há de recitar

Calado feito um vão no tempo

Imensurável

Nem ponteiros de relógio hão de dar conta

As novas

As névoas

E um novo silêncio há de cismar

No final da tarde ao começo do dia

As novas que tanto esperas já ficaram obsoletas

Tão velhas que as rugas já se desfizeram em nódoas

Tão antiquadas que não servem pra mais nada

Quantas vezes disser que são novas

Tantas vezes há de viver envelhecendo

Como as memórias poucas

De tudo que foi bom ou de ruim

Como tantas vezes há de morrer

Como as memórias deletadas

De tudo que foi novo

Ou que ruiu

De novo

07/08/2022

08:44hrs

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 18/08/2022
Código do texto: T7585024
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