POEMA SEM NOME 31 💠
Quando o pensamento se cansar
De tanto pensar
Quando a ânsia por palavras dominar o momento
Este poema sem nome será o arauto dos poetas
A clamar pelos clarins, seu som a se desbotar no sabor do vento
Há momentos que a catarse do sono atinge os despertos
De olhos vivos e abertos
Mas como sonâmbulos vivem
Agem como se só o corpo estivesse acordado
A alma repousa em sono encoberto
Rondam mistérios do sono sobre os olhos abertos
A alma cai em laço armado
Feito num campo minado
Feito alçapão camuflado
Chuvas que não conhecem desertos
As palavras boiam no limbo
Palavras flutuando à tona
Feito projeções de advérbios
O anzol com a isca convidando o peixe sábio
E haviam palavras subindo como bolhas
Palavras que rompiam e emergiam das ruínas do silêncio
17/07/2022
21:59