INFINITA MÍSTICA

Muitas vezes eu preciso vir a te esquecer,

Para viver sonhando aqui,

E tudo não parecer tão vazio,

Enquanto tento lembrar-me de mim.

E não olhar para trás,

Querendo enxergar teu rosto,

Que na beleza se faz,

Nos escritos que tenho rabiscado tanto.

E na sua infinita mística,

Descubro quem és, não o todo,

Somente o seu prenome,

E que clareia todas as formas de vida,

Que na inconsistência, eu me escondo.

Não quero despertar,

Subjugando-me quanto a realidade,

De que hoje fui mais um fruto.

Da expressão de sua linguagem.

E entre o eterno e o misterioso,

Existe uma psique perturbada,

Que envolve-se no que não quer ter,

Afastando-se da reta traçada.

Entretanto, é a tua pele que quero tocar,

Em meio ao pecado desse seu olhar,

Na fascinante loucura a qual toma-me,

Em que na constância, vislumbro-te no mar.

Nesse contraponto, eu não posso chegar!

Uma vez que é na venustidade,

Tens banhado-me na representação,

Da cena a qual sou prisioneiro,

Daquilo que não consigo evitar:

A minha própria a vontade.

14/08/2022

Poema n.2.914 / n.59 de 2022.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 14/08/2022
Código do texto: T7582104
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