INFINITA MÍSTICA
Muitas vezes eu preciso vir a te esquecer,
Para viver sonhando aqui,
E tudo não parecer tão vazio,
Enquanto tento lembrar-me de mim.
E não olhar para trás,
Querendo enxergar teu rosto,
Que na beleza se faz,
Nos escritos que tenho rabiscado tanto.
E na sua infinita mística,
Descubro quem és, não o todo,
Somente o seu prenome,
E que clareia todas as formas de vida,
Que na inconsistência, eu me escondo.
Não quero despertar,
Subjugando-me quanto a realidade,
De que hoje fui mais um fruto.
Da expressão de sua linguagem.
E entre o eterno e o misterioso,
Existe uma psique perturbada,
Que envolve-se no que não quer ter,
Afastando-se da reta traçada.
Entretanto, é a tua pele que quero tocar,
Em meio ao pecado desse seu olhar,
Na fascinante loucura a qual toma-me,
Em que na constância, vislumbro-te no mar.
Nesse contraponto, eu não posso chegar!
Uma vez que é na venustidade,
Tens banhado-me na representação,
Da cena a qual sou prisioneiro,
Daquilo que não consigo evitar:
A minha própria a vontade.
14/08/2022
Poema n.2.914 / n.59 de 2022.