Só penso em você!
Quanto mais penso em você,
Muito esqueço, eu de mim.
E na ânsia de lhe ver,
Choro em pranto carmesim.
Sentimento, sim; furtivo,
Rubro e quiçá doloroso.
Não encontro o lenitivo,
Pra deixá-lo fulguroso.
Prosseguindo a vida afora,
Com a mente a padecer;
Seja depois, seja agora,
É difícil lhe esquecer.
Eu, no meu rude juízo,
Traço pensamento afável.
Penso em seu semblante liso,
Ora vil, ora amigável.
Penso num amor idôneo,
E o meu medo, é padecer.
Mesmo sendo amor errôneo,
Eu só penso em você!