Desenho sem Sentido
Desenho sem Sentido
Giz de cera que desenhou
O sol, a lua, mas não o ar.
Sua superfície se sujou
Ao, em seus semelhantes, encostar.
Nada que um empurrão,
Não corrija ao deslizar.
No balanço de uma mão,
Uma história contar:
-O brilho dela percorreu o mar
Tentando encontrar,
O seu amor perdido.
No horizonte o sol a se perder,
Ele querendo esconder,
O seu coração ferido.
No fim da tarde, em sua casa, ele chegou.
Os olhos dela olhou,
Disse : -Estou arrependido.
Ela, na caixa, o último giz guardou,
Correndo o abraçou,
O desenho agora é sem sentido.