Estagnado

Quem dera poder afastar o infortunio de tua ausência.

Ter outra vez um regalo, deitar em seu colo afável

E afastar a pungente agonia que desfaz minha alegria

E desfalece meu ser.

Não sou eu, desde outr’ora tão digno.

Por tantas causas e danos sofridos

Capaz de proporcionar algo bom a você.

Mas quem dera pudesse...

Te amaria outra vez como a vez primeira;

Buscaria de novo lhe resgatar a alegria

Com o brilho que houvera um dia em meus olhos;

Eu novamente olharia pra você.

Porque não foi de certo você a causa

Das cicatrizes, feridas e marcas

Mas, com certeza as minhas dores

Se refletiram em você.

E se de mim apartar-se a amargura

Seria eu tomado pela loucura

De reaver um sentimento amordaçado

E seríamos nós outra vez.

Anderson Cleiton
Enviado por Anderson Cleiton em 04/08/2022
Reeditado em 27/05/2024
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