Estagnado
Quem dera poder afastar o infortunio de tua ausência.
Ter outra vez um regalo, deitar em seu colo afável
E afastar a pungente agonia que desfaz minha alegria
E desfalece meu ser.
Não sou eu, desde outr’ora tão digno.
Por tantas causas e danos sofridos
Capaz de proporcionar algo bom a você.
Mas quem dera pudesse...
Te amaria outra vez como a vez primeira;
Buscaria de novo lhe resgatar a alegria
Com o brilho que houvera um dia em meus olhos;
Eu novamente olharia pra você.
Porque não foi de certo você a causa
Das cicatrizes, feridas e marcas
Mas, com certeza as minhas dores
Se refletiram em você.
E se de mim apartar-se a amargura
Seria eu tomado pela loucura
De reaver um sentimento amordaçado
E seríamos nós outra vez.