SOMBRA DO AMOR
Se amares da forma mais simples pra que eu possa entender
Mais do que a vida ao corpo desalma
Lembra-te também do meu amor
Dos sentimentos exasperados
Notívagos, lembrados
Do tempo que o amor feneceu
Lembra dos vergões
Do tremor e terremoto antigo
E das cinzas de um ciúme extinto
Enfumaçado agora feito cálice cheio e escondido
Sobre o corpo submisso em conquistas
Cai a culpa do amor encarcerado
Sobre as asas das aves
À sombra gelada das árvores
Em amores que faziam-nos encantados
Os raios trazem cor as tempestades
Preenchem o cinza do espaço em azul
E trazem a chuva transparente
O tempo madreperolado
Contra o ódio
Inimigo do amor tatuado
Que se apaga lentamente
Qual carta de alforria de uns escravos
02/08/2022
18:53hrs