PARTO PRA CIMA
O sol beija a terra todos os dias
Mais ainda assim ele dá vida a sombra
Assim é o meu amor que por ti virias
Darei adeus ao passado
Pisando novas flores em Holambra
Meu coração arqueja, palpita
Por alguém que não conheço
É como beijar o ar...volitar na densidade
Como sentir uma borboleta voar com toda a sua intensidade
Pra depois descer no jardim e paquerar as flores
E saber que tudo era colorido pra morrer de amores...
Parece que tudo está pelo avesso
Parece que estou louco para amar
E mesmo na escuridão do sonho
Quando a vejo está tudo aceso...
Não te sinto ainda raiz...Enfim!
Como fruta madura no pé
Sei que aos meus olhos és linda
Mesmo que cego fosse ainda assim
Te reconheceria como uma rosa do meu jardim...
Mesmo que a esmo sangrasse meu dedo
No espinho de tua rosa orvalhada
Virariam o gozo qual leite de coalhada...
E suas pétalas chorosas rente ao chão
Não estariam perdidas
Mais estrarias fornecendo vidas
Estrume salinos pra bater meu coração
Agora já sei quem és numa álgebra
Uma mulher cega a procura de um braile
E eu um cego de braile procurando uma mulher
Nos aforismos da escuridão...
Por vezes escuto a música da solidão
Outras vezes a solidão me escuta
Enquanto meu coração pulsar
Estou esperando por você
E quando chegares entre sem bater...
E silenciosamente entre no meu quarto
Que entrarei no seu
Até nos tornarmos um só ser...
Gemendo como na dor do parto...