AMAR TE

Amar-te aos poucos é saber-te tanto

Que ao pranto das flores se envolve.

Quero saber-te mais,

Sentir a razão do teu silêncio

Ao sopro de minha voz.

Não tendo poderes divinos, suponho

Que tendes por mim o mesmo amor,

Algo que faça não me sentir tão sozinho

Palavreando aos cantos de folhas silentes.

Amo-te Sol e Lua,

Em lindas vestes, mas de alma nua,

Levitando em minhas retinas

Como ao céu que te reverencia.

Não há porquês em estares distante

Como a força dos ventos

E a luz dos dias.

Compreender ao outro

É sentir arder em febre

Seu próprio ego,

Trazer desassossego

Em universo inóspito.

Não quero a esperança ou linhas do passado.

Basta-me ser lembrado em tuas melhores horas,

Sentir-me abraçado quando estou triste,

Ou beijado suavemente

Nos momentos de felicidade.

Cabe ao meu amor nunca te saber ausente

E cobrar de ti alguma presença,

Nem que seja na tenra folha virgem de papel

Em que rabiscas qualquer palavra

Que caiba em poesia.

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 26/07/2022
Código do texto: T7568435
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