Sempre foi assim
No papel eu sei me despir
A minha alma é vista e tocada
Pela pureza e delicadeza de cada palavra
No papel cada rima e poesia se transformam em melodia
O meu corpo é balançado e mimado por cada escrita que a tinta da caneta permitir escrever
Em cada rascunho e mancha no velho papel há uma chance de ver-me nua
Sem medo, metáfora ou ironia nas entrelinhas de cada escrita há uma verdade minha
Quando me permito chorar e sorrir em cada verso os meus pulmões ficam sem ar e os meus olhos não veem com tanta facilidade, a minha boca não consegue pronunciar nenhuma palavra e apenas as minhas mãos são capazes de dizer o que há no meu coração
Somente elas conseguem transmitir cada sentimento escondido, toda vez que eu escrevo um buraco se abre e no meu peito uma ponte é criada para os meus devaneios
Quando é apenas eu e o papel a tinta da caneta beija a minha mão e as palavras saem com paixão
Na mancha de tinta de cada dedo há uma escrita que não foi planejada... Apenas rabiscada