CONTUMAZ AMANTE
Meu olhar se perde no infinito!
Procuro encontrar aquele rosto bonito
Que certa vez surgiu por entre ondas do mar
Iluminado pela magia do luar.
Não sei se foi verdade ou ilusão,
Talvez, tenha sido uma sublime aparição;
Uma Deusa em nome do amor
Que me enfeitiçou com o fulgor
De uma estrela brilhante,
Que me fez o mais contumaz amante
Quando nos encontramos por entre a neblina
De uma cascata cristalina.
Fomos batizados com o sal do prazer
Que na magia de um lindo amanhecer
Nos fez reféns dos proibidos desejos
Da doçura dos nossos beijos.
O orvalho da madrugada banhou
Nossos corpos e nos purificou
Com a mais pura essência
Das lágrimas da inocência.
Mas, o sentimento que nos uniu
De repente nos deixou e partiu;
Quando às luzes da tarde se apagavam
E os namorados da noite acordavam.