INFINITO SUSSURRAR
Vai que um dia,
Os meus defeitos te mostrem,
A imperfeição existente em mim,
Enquanto ouço-te dizendo: “não, não é assim”!
Porque desta maneira eu,
Esperar-te-ei aqui.
Sendo apenas aquela,
Cujos olhares somente expressam,
Um coração a qual se entrega,
Mas que não é para o seu.
Então passo a estar num ébrio,
Cambaleante e sem direção.
Sem aquele mistério interno,
Ou mergulhado num vazio que não é meu.
Despertando-me neste confluente,
Confrontando-me com o meu rosto,
Mesmo sabendo como seria este retorno,
Da mente a qual se perdera.
Eis a utopia fazendo-se sentido,
E estou lá vendo-te a margem da sensatez,
Uma poesia que torna-se carne,
Unindo-se a ti e a sua alma,
Como dá primeira vez.
Invoco-te para mais perto estares,
Entretanto, só o teu infinito sussurrar,
É-me transmitido sem que eu pudesse ler,
Quaisquer mensagens emitidas por você.
E desapareces na neblina,
Volto ao instante em que me esqueci,
De onde tenho tentado lembrar-me,
De que o teu sorriso encontrava-se ali.
24/07/2022.
Poema n.2.911 / n.56 de 2022.