Entre as Sombras e a Escuridão
Não há braços que me confortem
não há som no lamento de uma flor
mas há os que abraçam até a morte
na dor da existência sem amor
e a alma na eterna argúcia da desordem.
Nela me apego antes que me tomem
e chego através das sombras
a borda da escuridão
Pois homens são lobos do próprio homem
eles enxergam onde não há luz
com olhos virados para dentro da sua solidão.
Palavras errantes entre o drama e a comedia
vestidas de sombras em uma praça publica
sorvemos a escuridão vivemos na tragédia
afundaram a nossa balsa
roubaram as nossas calças
também soltaram as nossas rédeas
entre as sombras e a escuridão.