ENVOLTA DE SEU PRÓPRIO MISTÉRIO

É desta tuas curvas e olhos,

Que meu ser não quer mais parar de traduzir.

E entrarei pela porta que te conduz,

Até os ternos lábios que,

Me impulsionaram a te desejar.

Do jeito incerto e inconcluso,

Como nunca havia feito antes!

E se houvesse um talvez entre nós,

Quem sabe haveria uma nova sedução,

Quando eu encontrar-te contigo aqui,

Ou numa outra ocasião.

Quem és para fazer dos meus sonhos,

Um palácio que se possa abrigar?

Quem és para não temer nada e,

Tirar-me o sangue que flui por veias,

E vias dos quais não tenho dimensão,

Se está intrínseco ou, apenas, fora da direção?

Tenho consciência dos breus que,

Terei para enfrentar hoje e para sempre,

Somente pelo gosto de ver-te,

Nas quimeras a beijar-me de modo tão breve.

Quando seremos um só,

Já nesta mesma poesia?

Desvelando-a se fosse o caso,

Mas como não quero,

Então, prefiro ter-te assim:

Envolta de seu próprio mistério.

14/07/2022

Poema n.2.908 / n.53 de 2022.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 14/07/2022
Código do texto: T7559406
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.