ENVOLTA DE SEU PRÓPRIO MISTÉRIO
É desta tuas curvas e olhos,
Que meu ser não quer mais parar de traduzir.
E entrarei pela porta que te conduz,
Até os ternos lábios que,
Me impulsionaram a te desejar.
Do jeito incerto e inconcluso,
Como nunca havia feito antes!
E se houvesse um talvez entre nós,
Quem sabe haveria uma nova sedução,
Quando eu encontrar-te contigo aqui,
Ou numa outra ocasião.
Quem és para fazer dos meus sonhos,
Um palácio que se possa abrigar?
Quem és para não temer nada e,
Tirar-me o sangue que flui por veias,
E vias dos quais não tenho dimensão,
Se está intrínseco ou, apenas, fora da direção?
Tenho consciência dos breus que,
Terei para enfrentar hoje e para sempre,
Somente pelo gosto de ver-te,
Nas quimeras a beijar-me de modo tão breve.
Quando seremos um só,
Já nesta mesma poesia?
Desvelando-a se fosse o caso,
Mas como não quero,
Então, prefiro ter-te assim:
Envolta de seu próprio mistério.
14/07/2022
Poema n.2.908 / n.53 de 2022.