FLUTU... ÂNSIAS - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros
FLUTU...ÂNSIAS - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros
Quando parto sem partir, estou sonhando...
... ou sofrendo solidões compartilhadas
com olhares cujas luzes apagadas
sempre tentam me dizer que estão... me amando.
Quando volto sem nem ir, esbarro em mim...
... mas sou outro vendo as pedras da estrada,
meu olhar tropeça em bocas tão caladas...
. ..que meu sonho recomeça... pelo fim.
Sou assim: um ser que só se observa
num espelho aleatório à abstração.
Meu sorriso - teimoso - só se conserva,
no momento em que a razão perde a... razão.
Minha lágrima insiste... eu a desfaço,
entretanto não disfarço a minha dor,
camuflar o sofrimento é um erro crasso,
mesmo assim, eu mudo o tom, falo de amor.
Ah... no instante em que eu retorno dos enleios
e te olho... minha amada invulgar,
não preciso me iludir com outro olhar
porque volto a me soltar nos devaneios.
Já não parto... me reparto e me diluo
nos teus olhos onde encontro um doce afeto.
Se meu sonho é meu brinquedo predileto,
quando brinco com teus.
sonhos... eu... flu... tu.. o.
Às 15h e 26min do dia 26 de junho de 2022 de Cabo Frio - Rio de Janeiro. Registrado e PublIcado no Recanto das Letras.