REVELAÇÃO.
Ela era uma flor, e se revelou para mim em um pálido Outubro, ou melhor dizendo, ela foi descoberta naquela ocasião. Eu era um cavaleiro da solidão e estava destinado ao calabouço sombrio do anonimato.
Ela era uma flor que sorria, não apenas com a graciosa curva de seus lábios, mas, também com o brilho ofuscante de seus olhos. Tal imagem, a contemplação de um ser tão magnífico, me fez perder os sentidos.
A sua voz suave ecoava como melodias em meus ouvidos moribundos, esse triste e desventurado poeta pode novamente vislumbrar o amor na forma humana.
O perfume que emanava daquela belíssima flor era dos mais inebriantes, tal fragrância arrebatava-me nas mais altas nuvens, me fazia voar como Ícaro perto do sol.