EM UMA TARDE DE CHUVA
A chuva fina cai sobre o telhado
E fina também cai branca neblina,
Na janela vejo no vidro molhado
O seu lindo rosto desenhado, fascina,
Em sua lembrança sou agasalhado
Enquanto a tarde fria vai e declina.
Lá fora o vento num baile sonoro
E você, o pensamento meu domina,
Busco-te na lembrança, ela exploro,
Enquanto o vento frio sobe a colina,
Posso não demonstrar, mas te adoro,
Sentir saudade sua é minha sina.
Neste quarto onde eu estou Ilhado
Viajo nas asas do meu pensamento,
E encontro-te num sonho, acordado,
Ouvindo o leve sussurrar do vento,
Ao menos neste sonho, sonho alado,
A tenho comigo neste, mel, momento.
A vejo e, fico assim então calado
A duvidar de minha própria visão,
Vendo o seu corpo nu projetado
Eu sei que é minha mera ilusão,
Neste quarto e eu aqui trancado,
Bem ao longe lá se vai à razão.
Um momento que tão desejado
É intensa, imensa minha emoção,
Nesta tarde de clima tão gelado
Aqueceu de vez o meu coração,
Meu corpo por demais abrasado
E na minh'alma, a ebulição.
A chuva continua a vir, caindo,
Com sua mais refinada ação,
À tarde, que vai se esvaindo
Deixa em mim doce sensação
De um dia próximo, que vindo,
Nós dois e o amor: realização.
Recebo com carinho a fantástica interação da nobre poetisa Doce Val
Caro poeta amigo GSFreire, é final de tarde, chuva fina no telhado, no corpo abrasador, sonho de ser amado, e lá vem chegando a noite,com seu fino véu, ainda sentindo na boca,o gosto dos beijos, mel, o poeta pensa então, seria sonho ou real? foi tudo tão perfeito, com um belo final.
Recebo com o coração terno a fantástica interação da nobre Poetisa Esther Lessa
*L'ESPOIR
ESTHER LESSA
LEMBRANÇAS ALIMENTAM
ANSEIOS ,ESPERAS, ALMEJOS
AGITOS INTERNOS
AQUECEM E INFLAMAM OS SONHOS
E NA TARDE QUE SE ESVAI
EM NEBLINA, CHUVA E FRIO
A ALMA EM EBULIÇÃO
ANULA O CLIMA GELADO
E ESQUENTA A DOCE ESPERANÇA
**** L'ESPOIR = A ESPERANÇA
Recebo com imenso prazer a esplêndida interação da nobre Poetisa Marisa Sá
A tarde as lágrimas caem em forma de chuva,
Sentindo a sua falta, tão calada,
Escrevi seu nome no vidro da janela,
Gotículas de saudade derramadas até a alvorada.
No chão do meu quarto restou vestígios do nosso amor,
A brisa da manhã enraiza da minha dor,
A neblina da desilusão,
Feri meu coração,
Nas lembranças do retrato empoeirado,
Em um sonho totalmente acabado.
Saudade transborda ventos,
No pôr do sol invadindo os momentos,
Que foi cúmplice na ilusão do monte,
E o sonho acabou-se no horizonte,
Te vi na neblina da minha esperança ao entardecer,
Mas logo me recordei,
Que é um sonho eu sei,
Te senti na brancura do meu viver.
Mas logo a porta bateu,
De repente você apareceu,
Na realidade da paixão,
A neblina te buscou,
E novamente encantou meu coração!
Recebo a fantástica interação do mestre Jacó Filho
TARDE CHUVOSA O
inverno atípico invade o calendário,
Fazendo das cobertas o melhor abrigo.
Quero sair, mas na chuva não consigo,
E nosso quarto vira um lindo relicário.
Protege-nos do frio, um longo abraço,
Otimizando no amor, à tarde chuvosa.
O ruído de pingos, em dança dengosa,
Confunde-se com sussurros, ao acaso.
O calor invade e se nutre dos desejos,
Anulando o frio, que já fora tormento.
A vida se agita aquecendo o momento.
O mundo lá fora, é menor que o beijo,
Calando os gritos de puro sentimento.
E nossas dores caem no esquecimento.