Erótico XVIII
Dezoito, respondeu. Depois, a pedido, despiu-se. Era o esplendor da nudez jovem. A seguir, abraçou-me e, uma vez que eu era tão diferente de todos, estendeu a boca grossa entreaberta.
– Ensina-me a beijar. Aqui nunca precisei de saber mas ainda um dia vou namorar, gostar antes, gastar com o amor todo o tempo do mundo. E vou precisar de saber como já sei tudo daquilo que não presta.
Lá fora a fila engrossava e os protestos pela demora abanavam a pequena janela tosca. Vestimo-nos depressa, quis pagar mas não aceitou. Saí amargurado para a ruela de chão batido no coração de Luanda.