Amor Gelado

 

Não sei porque,

Tua frieza me seduz tanto,

Tanto e tanto...

Gosto de tirar tuas vestes,

Apreciando teu corpo lindo,

Que aos poucos se apresenta.

Admiro-te, sem brilho,

Sem luz...

Corpo opaco como as manhãs,

De um rigoroso inverno.

Gosto de tocar em teu corpo,

Frio como uma geleira,

Não brinco, senhores.

Me dá volúpia este corpo,

Branco, revestido de escarlate.

Te amarei muito,

E para sempre e sempre.

Meu querido picolé...

De cupuaçu recoberto de açaí.

Luís Bacelar Vidal
Enviado por Luís Bacelar Vidal em 06/07/2022
Código do texto: T7553898
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