NO CANTO DA SALA
No canto da sala
Meu violão emudece
Aos prantos da minha prece
Seus acordes mudo
A mim entristece.
Sua voz doce aveludada
Não ecoa mais nesta sala
Seu perfume doce
Como se em mim fosse
Inalo ainda agora
Muito embora
Distante estas.
Seu corpo amoldado ao meu
Como juras de Julieta e Romeu
Pulsando ainda em gozo
Seu gesto fogoso
Flagelas em saudades
Murmúrios e desejos
Ao me embebedar da sua taça
Nossos momentos de graça.
Minha cama ainda a clama
Sua chama em minha chama
Incendeia minha emoção
Pulsa exacerbada ereção
Agora só resta este marasmo
Falas , orgias e orgasmos
Cala a minha fala
Há um Silêncio sepulcral nesta sala...