Para meu prezado e esquecido amor

Decidi escrever, pois estou confuso. Estou dividido mas também inteiro

Desculpe, sei que sou… na verdade, o que eu sou?

Me chamam de garoto, jovem e andarilho, sou isso?

Eu realmente não sei

As que me chamam de amigo, dizem que sou diferente dos outros

As que me chamam de amor, dizem que nem existo… bem, você me toca?

Mas chega de exageros, adoro um amor inventado

Eu me enrolei e ainda estou confuso…

Estou sofrendo por um amor não compreendido

E talvez não correspondido

Ainda sofro, será que eu… Eu deveria mudar por ela? Eu a amo a esse ponto?

Ainda penso com lágrimas. Eu pensava nela antes, lembrava de sua doçura, seu sorriso e seu olhar… Eu a admirava e tudo que ela tocava tornava belo. Sim ela é um anjo!

Bem, é visível que estava cego de amor, hoje já nem a vejo

Me sinto mais vazio que o tinteiro que usei nestes versos que fiz a ela

Bem, hoje pergunto se quando a olho ainda vejo os anjos

Não, eu não os vejo. E nem acredito que sofri mais uma ilusão

A pureza desse amor hoje se derrama aos prantos

Desperdício, poderia eu dar este amor a ela ou um outro que a faça feliz

Pois eu não sou capaz desse feito e por isso acabo triste

Eu a afastei de mim e sofri o bastante, tento esquecer mas sem vitória

Estou a partir de sua vida, mas sou incapaz de te dizer “adeus”

Pergunto-me se ainda a amo, preciso pensar

Preciso de um abraço, mas não sei como te pedir

Preciso desabafar, mas só os papéis podem ouvir

Acho que não sirvo para essa tal coisa

Pois o amor não perdoa os que sabem amar…

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 29/06/2022
Código do texto: T7548575
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.