Para meu prezado e esquecido amor
Decidi escrever, pois estou confuso. Estou dividido mas também inteiro
Desculpe, sei que sou… na verdade, o que eu sou?
Me chamam de garoto, jovem e andarilho, sou isso?
Eu realmente não sei
As que me chamam de amigo, dizem que sou diferente dos outros
As que me chamam de amor, dizem que nem existo… bem, você me toca?
Mas chega de exageros, adoro um amor inventado
Eu me enrolei e ainda estou confuso…
Estou sofrendo por um amor não compreendido
E talvez não correspondido
Ainda sofro, será que eu… Eu deveria mudar por ela? Eu a amo a esse ponto?
Ainda penso com lágrimas. Eu pensava nela antes, lembrava de sua doçura, seu sorriso e seu olhar… Eu a admirava e tudo que ela tocava tornava belo. Sim ela é um anjo!
Bem, é visível que estava cego de amor, hoje já nem a vejo
Me sinto mais vazio que o tinteiro que usei nestes versos que fiz a ela
Bem, hoje pergunto se quando a olho ainda vejo os anjos
Não, eu não os vejo. E nem acredito que sofri mais uma ilusão
A pureza desse amor hoje se derrama aos prantos
Desperdício, poderia eu dar este amor a ela ou um outro que a faça feliz
Pois eu não sou capaz desse feito e por isso acabo triste
Eu a afastei de mim e sofri o bastante, tento esquecer mas sem vitória
Estou a partir de sua vida, mas sou incapaz de te dizer “adeus”
Pergunto-me se ainda a amo, preciso pensar
Preciso de um abraço, mas não sei como te pedir
Preciso desabafar, mas só os papéis podem ouvir
Acho que não sirvo para essa tal coisa
Pois o amor não perdoa os que sabem amar…