Azul e branco

Há um tempo azul. E há um tempo branco.

Não a respiração azul da Arte finissecular, de

morte e decadência. Mas um tempo azul sempre

novo de mar e céu, prazer dos meus pés

descalços, eco de falésias e pinheiros,

oxigénio dos meus passos. E um tempo branco, de

cravos e de rosas, de espuma, estevas e

vestais, franco de nervos e abraços de agora

e nunca mais...

Entre o tempo azul e o tempo branco

ficam marés cheias, marés baixas, solstícios, equinócios

– parcelas de trabalho – muito – e poucos ócios

Myriam

Fonte da Telha, 15 de Abril de 2007

Myriam Jubilot de Carvalho
Enviado por Myriam Jubilot de Carvalho em 29/06/2022
Código do texto: T7548317
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