CÁLICE DE CARÍCIAS
As horas passam devagar...
As flores exalam seus perfumes
No ar...
As badaladas do sino da Catedral
Anunciam mais uma hora...
E atrás de um chafariz da praça
Um bebezinho no colo da mãe
Ainda chora.
Relembro bem o teu rosto
Fisionomia de bem com a vida
E os traços detalhados do seu corpo
Sorriso que sempre trouxe alegria!
O teu olhar é de apaixonada
Travessura
O leito da sua cama desvendou
Suas linhas e curvas,
Sem nos dá conta estávamos
Entrelaçados um com o outro,
Comemos juntos os pedaços
Dos frutos de amores!
As horas passam...
Como passam as horas...
Embebedei-me com o cálice
Das tuas carícias
Sai com o dia claro quando o sol
Beijava as portas
Cobri tua nudez como se fosse
A última vez e o sol beijavam as portas!