[Amo assim...] (Dueto)


Dia desses,
parei para conversar
comigo mesma... sobre “Amar”

Amar... Amar, só pode ser um verbo... de ligação
Se não, impossível realizar a sua conjugação
Pelo menos, é o qu’eu penso

[Amar, almas entrelaçadas...
simplesmente
A.M.A.R

E assim, amo por qu’estou também em conjunção co’alguém
Na verdade, com quem amo... de alma e de corpo
E que seja no tempo da eternidade...

Conjugo este meu preferido verbo
no tempo em que vivo:
No presente...
E nunca estou ausente... em meu tempo
Nem quem eu amo, oh, não!
Quem eu amo não fica (n’ação do verbo) no passado
Nem ele nem eu
E assim nos conjugamos... nossas vidas
Sim, nossas almas estão conjugadas (sempre)... no amor

E conjugamos não somente no tempo,
mas em todo espaço-tempo que juntos estamos
No qu’em todos lugares são, quem sabe, nossos leitos
...conjugais [de entregas, trocas, gozos... em comunhão]

As conjunções adverbiais temporais, não as usamos
Como por exemplo: “quando” amamos...
E muito menos as conjunções adverbiais condicionais
Tal como: “se” nos amamos
Já que nos amamos...
...sempre

Não, não amaremos somente n’um tempo futuro
Esperar par’amar amanhã ou depois desta vida é perder tempo
D’este tempo que a vida nos dá... agora:
O presente

Nesta vida a ser tão breve
E que tantos ao amor protelam...
Oh! quem sabe porque acreditam que o amanhã sempre virá
E, por isso, deixam par’amar.. somente amanhã!

Não, oh, não! O futuro é um tempo que não podemos contar co’ele
Eu quero amar... hoje

E não amo somente “na primeira pessoa”
Até por que o livro de minha página não é um monólogo
Sim, não sou solitária
Sou alma gêmea com quem amo
A sê-lo o “objeto direto” de min’alma
(sempre, apaixonadamente, ávida por ele)

Não sei você,
mas é assim qu’eu amo...
Sem contrapartidas, sem migalhas, sem metades...

[Amor sublimado...

Pois é...
Amo assim...





Juli Lima e Cássio Palhares







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Melim - Eu Te Devoro (ouça)












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