Suzana
Nesse teu verão eu serei o teu inferno
Dos lábios de Suzana sai o mel e sai o fel
Das masmorras de Saturno eu trouxe o papai Noel
As anomalias do tempo
Me fizeram sorridente
Vi as regras, as respostas
Vi todo tipo de gente
As músicas que em meu ouvido cantaram
Me despertaram solidão
Trouxe a tona os labirintos
Trouxe ao mundo ilusão
As gargalhadas do planeta
As incontáveis peripécias
Dizem muito sobre mim
Só não me tiram da inércia
Os jornais noticiaram
Viram minha alma por aí
Cantei horrores e saudades
Cantei amores que vivi
Suzana sempre me falou
Sem cabeça erguida não iria
E que sem a melhor roupa
Ela nunca sairia
Dos cetins mais nobres
Os teus trejeitos foram feitos
A pureza no andar
Enalteciam os teus seios
Das pedras do mundo
Te fizeram um castelo
Nos destroços do meu coração
Te jogaram a céu aberto
Ó doce e ímpar Suzana
Nas ladainhas vividas
Nos esqueceu de citar
O que cantará agora o pássaro? se só falavas em voar