Você e a razão
Eu não entendo porque razão,
Deixei de perceber a sua presença,
Tão revigorante e aprazível,
Cheia de amor e graça.
Neste peito bate um coração,
Combalido pelas agruras do tempo,
Senil e resistente ao tormento,
Sagaz e carregado de emoção.
Em asas livres voo,
E alcanço a livre sensação de devir,
Que faz o sentimento levitar,
E os lábios tristes sorrir.
Você é tudo e vai além,
É o abrigo acalorado,
Das noites frias invernais,
Um supremo e apascente réquiem.
A ingrata razão sumiu,
Abandonou-me, fui entregue ao léu,
Nem mesmo posso ter,
Seus doces beijos de mel.