Flor e Passarinho
Cante sempre nobre pássaro
Com sua virtude que desperta
De suas asas vem o vento e a cura
Que as pedras não destroem
Eis o regente, sob a luz do ser supremo
Enquanto a neve cai segura e tranquila
A ampulheta está no dorso da liberdade
E nas horas derradeiras suas palavras são corcéis galopando
Saltando, vencendo todas as barreiras
São os dias e noites antigas e secretas jóias
Renascidas e enfim descobertas
Aqui estou, aos pés do tablado
Elevada em coração e essência
Mais uma revolucionária entre milhares
Filha de desafios, sem ataques ou mortes
Contemplando seus olhos limpos e bons
Sabedores de um tempo de heranças e recomeços
Com eles tenho aprendido tanto...
Pois esse é o verdadeiro poder...
Quase invisível...
Estar, ser, questionar
Ele é suave, gentil e transformador
Sou eu, a simples cidadã, uma flor como tantas, sem espinhos
Adornando mil caminhos
Perfumando destinos
E te buscando com amor de renúncia, fé, perdão e eternidade