A Egípcia
Tua longa veste, abaya, negra,
E a burca que esconde tua beleza,
Te enfeia, mas com sútil nobreza,
E a meus olhos eis que alegra.
Leio em teus olhos claros,
E decifro teu corpo esguio,
Sonhos! Tantos sonhos raros,
Abertos para um bom colóquio.
Es dócil, de simpatia perene,
Teme pelos castigos de Alá,
Mas podes ser meu alcalá,
Em te beberei, com amor solene.