Clamor
Quero possuir a tua alma oh Laura!
Penetrada de versos puros ser.
Vestir a púrpura da tua aura.
Quando te despozas ao meu bem querer.
Ser vibração das cordas que ele toca
O timbre do gemido sufocado
O orgasmo insano que esse poeta te provoca
O poema em lençóis desmetrificados.
Ser o suor da noite onde te derramas.
Desarmada pela voz que obedeces
Entregar ao abismo todas estas armas
Será que desta serva não te compadeces?
Vem me deixar ser tu oh Laura...
Borboleta Raquel (in Diário de um amor de almas)