Artesão de corações despedaçados
Tudo o que amei, amei sozinho.
E. A. P
Eu nunca quis ser o artesão de corações despedaçados, de finais tristes que marejam olhos e suam as mãos. Nunca quis
ser o precursor dos finais inevitáveis que vivenciei, fins repletos de olhares perdidos, lábios trêmulos, palavras incertas e pesares.
Eu nunca quis ser o artesão de amores certos;
é que eu todo incerto, tenho medo dos inícios bucólicos, do mediano e corriqueiro cotidiano que nos assombra e dos finais fantasmagóricos que nos circundam.
Eu nunca quis ser o artesão.
de nada.
mas fui.
Paschoal, George