QUANDO O MISTÉRIO É PERFEITO

O anjo que desce e senti,

Se sente não diz o que quer.

E eu tenho que convencer-te,

De que as palavras não mentem,

Ao invés de negar-se, segredos contar.

Quando eu juro que não vou pensar,

Acabo por inteiramente, te imaginar.

Vestida do jeito que crio,

Onde quem busca-me é o seu olhar.

E o motivo para isso, deve estar,

No interior de um encantamento,

A qual vejo-te indo no porto parar,

Tão sonhada, tão reluzente,

Chegando de todo a intrigar.

Uma aparição de outro lugar,

Cujo mundo se soubesse,

Iria literalmente vir a duvidar,

Como eu que apenas entendo,

O quanto não posso nem te tocar.

Como é que alguém assim,

Foi capaz de me expressar.

Quando o mistério é perfeito,

Percebo de que o nada,

Já não mais se transmutarà.

E tudo passa a terminar!

Por ser tão desvelavél,

Onde em viagens no tempo,

Eu perca o pouco do que teu “corpus”,

Ainda poderá de súbito,

Fazer-me para sempre desejar.

16/06/2022.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 17/06/2022
Código do texto: T7539495
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