Quantos espinhos há nas hastes

Arranhando a solidão cá em meu peito

Errantes nos Sois e nas Luas, em ser eleito

Entre estações, sós, num triste contraste

 

As que as roseiras nas manhãs formosas

Dispute eu mesma as folhas inquietas

Das lindas e destemidas borboletas 

Ter na porta rosas da primavera 

 

Pensar que custa tanto, só desgaste

Quando poderia ser diferente

Numa companhia toda iluminada

 

Hoje esquecendo todas ingratidões

Alimento a ilusão de que essas rosas

Ao menos essas rosas sejam minhas...

 

LMBLM 

 

 

 

 

 

 

 

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Luiza De Marillac Michel
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 15/06/2022
Reeditado em 15/06/2022
Código do texto: T7538560
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