Quantos espinhos há nas hastes
Arranhando a solidão cá em meu peito
Errantes nos Sois e nas Luas, em ser eleito
Entre estações, sós, num triste contraste
As que as roseiras nas manhãs formosas
Dispute eu mesma as folhas inquietas
Das lindas e destemidas borboletas
Ter na porta rosas da primavera
Pensar que custa tanto, só desgaste
Quando poderia ser diferente
Numa companhia toda iluminada
Hoje esquecendo todas ingratidões
Alimento a ilusão de que essas rosas
Ao menos essas rosas sejam minhas...
LMBLM