Seiva de esmirna
Eis o traço de minha linhagem perfeita
Que causa intriga entre os demais montes
D’meu corpo terás seca assim como da escrita
Para que no fim afogue-se de saudade aos mentes
Caçarei o derramar de sangue de meu fruto
Culparei o rei e lastimarei o dia que o encontrei
Chorarei até honrar o ato que me causou esse luto
Orarei e irei abençoar-te para todo mal que lhe causei
Terei que dividir-me entre os amores egoístas
Pois dividiram-me em três pelo bem dos outros
Oh de mim, sofrido na mão dos extremistas
Que sua beleza espante todos esses monstros
Que eu escreva a carta que me liberte dessa chama
E me contentes a dormir só durante o frio
Após a chuva não me deixem atolar na lama
Durante a tempestade não me deixem resfriado
Olá mirra, não chore mais ..
O senhor pode nos encontrar
e nos deixar no submundo
Deixarei a vocês minha escrita
Daquele pequeno Adônis
Pois eu hibernarei a partir desta noite
Talvez retorne na primavera
Junto com aquele punhado de rosas
E o pedido de sua mão
Prometerei fervor após a cerimônia
Escreverei a ti com todo meu tinteiro
E deixarei um fim nestes versos